Mauá deixa morador longe de unidades de Saúde

Usuários do PA (Pronto Atendimento) do bairro Sonia Maria, em Mauá, estão revoltados com o fechamento da unidade, que funciona há mais de 15 anos à Rua Carmem Miranda. A Prefeitura irá transferir os atendimentos dessa unidade para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Magini, na Avenida Washington Luís, que será inaugurada sábado. O problema é que, de ônibus, a demora para chegar ao local é de cerca de uma hora – ou oito quilômetros. O atendimento no bairro será encerrado hoje. O PA funcionava das 19h às 7h.

A desativação da unidade pegou toda a comunidade de surpresa. Em 28 de dezembro, em resposta ao requerimento 1.357/11, de autoria do vereador Manuel Lopes (DEM), o prefeito Oswaldo Dias (PT) negou que haveria mudança no sistema de atendimento e que a população ficaria desassistida no período noturno.

“Moramos em bairro poluído. Muita gente da região precisa de inalação. O prefeito garantiu, mas agora ficamos sem opção”, reclama o funcionário público Milton de Souza, 42 anos.

CONSULTA MARCADA



A UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro funciona em anexo ao PA desativado, mas oferece apenas serviço ambulatorial com consulta marcada. O horário de funcionamento é das 7h às 21h. “E depois desse horário? Vamos pegar dois ônibus e andar numa passarela escura? A maioria dos moradores não tem carro. Nós precisamos desse posto de Saúde”, diz a dona de casa Wanda de Freitas Souza, 67.

Usuários afirmam que o acesso até a nova UPA por transporte público é difícil. Por isso, mesmo com o PA do bairro em funcionamento, muitos procuram o pronto atendimento do bairro Bangu, em Santo André. A distância é quase a mesma, de sete quilômetros, mas, de ônibus, o trajeto pode ser feito em 25 minutos. Moradores afirmaram que há cerca de sete anos houve outra ameaça de que o PA seria fechado, mas a mobilização dos usuários teria impedido.

A nova UPA, que funcionará 24 horas, deverá atender moradores da região central, Capuava, Oratório, Paranavaí e Sonia Maria. Procurada, a Prefeitura relatou que o PA do bairro apresenta volume reduzido de procedimentos, o que não justificaria seu funcionamento. O serviço registrou, de novembro a janeiro, média de 5,6 atendimentos por dia – sendo que muitos são da Zona Leste da Capital e da cidade de Santo André. A administração disse que os casos de menor complexidade podem ser atendidos diretamente na UBS ao lado.

Fonte: Diário do Grande ABC





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